Em 2010, durante a reunião anual da Associação de Pesquisa em Visão e Oftalmologia (ARVO), investigadores da Austrália, China e Estados Unidos apresentaram dados de um estudo sobre lentes de contacto experimentais para o controlo da miopia em alunos chineses, durante seis meses.
As lentes eram multifocais para corrigir totalmente a miopia central e reduzir a hipermetropia. Todas as crianças tinham idades compreendidas entre os 7 e os 14 anos. Um total de 65 crianças usaram estas lentes de contacto experimentais e 50 crianças usaram óculos. No final do período de estudo, as crianças que usaram as lentes de contato experimentais apresentavam 54% menos progressão da miopia do que as crianças que usaram óculos.
Em junho de 2011, investigadores da Nova Zelândia divulgaram os resultados de um estudo comparativo de lentes de contacto multifocais experimentais com lentes de contato gelatinosas convencionais. Um total de 40 crianças míopes, com idades entre os 11 e os 14 anos, participaram do estudo. As crianças usaram as lentes multifocais num olho aleatoriamente (e lentes de contato gelatinosas convencionais no outro olho), durante 10 meses. Depois, trocaram as lentes para o olho oposto por mais 10 meses. Em 70% das crianças, a progressão da miopia foi reduzida em 30% no olho da lente de contacto multifocal experimental em ambos os períodos de 10 meses do estudo.
Para concluir, um estudo publicado na Investigative Ophthalmology & Visual Science revelou que o efeito benéfico da progressão da miopia diminuiu com o uso de lentes de remodelagem da córnea durante o primeiro ano de tratamento da miopia. O mesmo não se repetiu quando óculos multifocais foram usados.
Depois de tantos estudos e experiências, conclui-se que as lentes de contacto podem, efetivamente, retardar a progressão da miopia nas crianças.
No final do período de estudo, as crianças que usaram as lentes de contato experimentais apresentavam 54% menos progressão da miopia do que as crianças que usaram óculos.